Não é segredo para ninguém
o transtorno que as obras realizadas na Avenida Capitão Joaquim Floriano de
Toledo estão causando. O trânsito caótico prejudica excepcionalmente o comércio
local. Segundo os comerciantes, a obra começou em outubro do ano passado. Já a
assessoria de imprensa da Prefeitura, informa que foram iniciadas em janeiro
deste ano. Segundo o SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), o trabalho não
tem previsão de término e seguirá até a Rotatória Élcio Correia de Moraes
(próximo a Avenida Monsenhor Seckler).
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Foto feita no dia no mês de março, mostra acesso à avenida fechado |
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Após a averiguação da equipe da Viu!, a via foi liberada e o processo de pavimentação iniciado |
Os moradores e os comerciantes
estabelecidos nos pontos atingidos pelo caos reclamam do descaso e criticam a
demora da obra. Além disso, a poeira que é levantada durante esse processo,
causa problemas tanto à saúde, quanto à circulação de pedestres. Segundo os
empresários, o problema do pó que é levantado diariamente, poderia ser
resolvido por um caminhão-pipa. Porém, a assessoria de imprensa informou que a
Ouvidoria do SAAE recebeu um pedido para que esse serviço fosse oferecido, mas,
se o solo ficar muito úmido, irá dificultar a compactação da terra, além de
atrapalhar a finalização do serviço.
Entretanto, os buracos
abertos já deveriam estar sendo asfaltados. No período em que a equipe de reportagem
da Revista Viu! esteve presente no local, as cavidades permaneciam
escancaradas, sem nenhuma providência a ser tomada. Somente após as fotos que
foram tiradas dessas fendas, que foram iniciadas as obras de pavimentação na
Avenida.
Prejuízo
ao comércio
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Segundo Milana Rodrigues, as vendas caíram cerca de 70%, devido o trânsito fechado. |
Mais um fator prejudicial
é a questão das vendas do comércio local que despencaram cerca de 70%. As
empresas reclamam da dificuldade que os motoristas têm para conseguirem chegar
até o estabelecimento. Devido a isso, os clientes acabam procurando um lugar
com mais facilidade de acesso. Segundo Milena Castro Angelieri Rodrigues -
proprietária da Casa Guarani – o problema é o trânsito fechado. “O pior, é a
dificuldade de acesso ao estacionamento da loja. Isso faz com que o consumo dos
produtos diminua”, destaca.
Outra reclamação, dessa
vez feita pela responsável da floricultura Vira Mania, Viviane Deliberali, é a
conta de água que vem muito acima do que costuma consumir. Ela conta que a maior
parte dos seus produtos são consumíveis e, como é do ramo de flores, é
necessário molhar a frente da loja ao menos três vezes ao dia. “A conta de água
está vindo muito acima da média. Obras devem ser feitas sim, mas também devem
ter um término”, conta.
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Após meses de obras, uma faixa foi fixada ao lado da Casa Guarani, demonstrando a insatisfação dos responsáveis |
Além das reclamações, os
comerciantes tem se manifestado de outras formas, como a confecção de uma faixa
colocada ao lado da Casa Guarani, com a seguinte frase: “A demora dessa obra é
uma vergonha para nós portofelicenses”. O protesto se refere ao tempo que está
levando para a obra ser concluída. Nela, expressões significativas de que o
processo já deveria ter acabado está explícito.
Trânsito
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Um dos principais cruzamentos da cidade (rua
Cardoso Pimentel x Av. Marginal do Tendá), está
fechada há mais de três meses.
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Um dos maiores problemas
que os motoristas tem enfrentado, é o fechamento de um dos principais
cruzamentos. O condutor que está na rua Cardoso Pimentel, sentido
centro, encontra um desvio nesse trajeto, e deve ir em direção a rua Campos
Sales. Segundo os comerciantes, o correto seria que ao menos um Agente de
Trânsito permanecesse no local da obra devido às imprudências e manobras
perigosas realizadas pelos motoristas. A assessoria de imprensa da Prefeitura
novamente foi procurada pela equipe da Revista Viu! para tentar resolver o
caso, mas, até o fechamento da matéria não houve nenhuma manifestação.
A
obra
Segundo a assessoria de
imprensa, a obra compreende a implantação de um novo coletor tronco de
esgotamento sanitário, pois é necessário para aumentar a capacidade da
tubulação do esgoto local, evitando eventual transbordo. A tubulação antiga,
que levava o esgoto até a elevatória, já estava apresentando sinais de que não
aguentaria a demanda. Em momentos de pico, poderia haver
extravasamentos e rompimentos de alguns pontos da tubulação. Esse novo coletor
contará com mais de 1.750 metros de extensão de rede coletora de esgoto, e tem
um investimento previsto de R$ 1.787.359,24.
Conforme citado pela
assessoria de imprensa, foi realizada uma licitação na modalidade Concorrência
Pública, da qual a empresa A. Fernandez Engenharia e Construções LTDA foi
vencedora, em observância a legislação vigente. Além disso, acrescenta que ela
vem cumprindo o que está estabelecido no contrato. E finaliza dizendo que o ritmo
mais lento da obra, é devido ao solo rochoso. Foram encontradas uma grande
quantidade de rochas duras, o que não era esperado. Também foi cogitada a
possível utilização de explosivos para a retirada das pedras. Mas devido à
proximidade das casas, essa possibilidade foi descartada, pois ofereceria
riscos de abalo nas estruturas dos imóveis, além da segurança da população.
São inúmeras as
dificuldades que a empresa A. Fernandez tem passado, segundo o engenheiro
responsável pela obra, um dos maiores problemas são as rochas encontradas durante
o trajeto. Além disso, ele informa que a obra está parada para que seja feita a
pavimentação da avenida. "A partir de maio, o andamento da obra será agilizado", finaliza.
Em Tempo:
Para a produção da matéria acima, a equipe de reportagem da Revista Viu! encaminhou uma série de perguntas à assessoria de imprensa da Prefeitura de Porto Feliz. Em uma clara demonstração de falta de profissionalismo e respeito aos leitores, a assessoria de imprensa do município encaminhou as perguntas e respectivas respostas a um perfil de facebook, que, por sua vez, a reproduziu na íntegra.
Fotos: Paulo Henrique Baldini / Revista Viu! Porto Feliz
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"Meu consumo de água aumentou muito, tenho que molhar a rua para tentar minimizar o pó", ressaltou a empresária Viviane Deliberali |
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Ainda com o cruzamento fechado, veículos voltaram a trafegar parcialmente pela avenida |
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Com o cruzamento fechado, motoristas cometem imprudências |
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Obras foram paralisadas para a pavimentação |